Niterói

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Quinze estações entre Niterói e Itaboraí

Primeira parada do metrô ficará na Praça Arariboia. Sistema monotrilho usado na Linha 3 será mais leve e rápido

POR MAHOMED SAIGG

Rio - O projeto de implantação da Linha 3 do metrô — que vai ligar Niterói a Itaboraí — prevê a construção de 15 estações ao longo do percurso. A principal delas será instalada na Praça Araribóia, no Centro de Niterói. Em Itaboraí, o objetivo é construir uma estação que facilite o acesso ao Complexo Petroquímico (Comperj).

A principal estação será instalada na Praça Araribóia, em Niterói | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Conforme O DIA noticiou ontem com exclusividade, o sistema da Linha 3 do metrô será operado por modernas composições conhecidas como ‘monorail’ (monotrilhos). Mais rápida e sofisticada, este tipo de composição já é utilizado nos parques da Disney, no Estados Unidos.

Diferentemente dos trens utilizados nas Linhas 1 e 2 do metrô do Rio, que deslizam por trilhos duplos, os monotrilhos, como o próprio nome indica, operam através de apenas um trilho. A diferença, no entanto, não compromete a estabilidade e a segurança dos passageiros.

A principal vantagem da opção por este modelo de transporte sobre trilhos está nos custos da implantação, que correspondem a apenas 30% do valor de uma obra subterrânea.

Enquanto a construção de uma linha de metrô custa, em média, US$ 100 milhões (R$ 168,2 milhões) por quilômetro, a de monotrilho gira em torno de US$ 30 milhões (R$ 50,4 milhões). Com isso, a previsão é de que seja gasto cerca de R$ 1,1 bilhão na construção dos 22 quilômetros da Linha 3.

EXPOSIÇÃO

Na Central do Brasil, o secretário de Transportes, Júlio Lopes, inaugurou ontem a exposição de miniaturas dos novos trens comprados pelo governo do estado para serem operados pela SuperVia. Com ar-condicionado e sistema de som ambiente, os novos trens que começam a ser entregues a partir de maio têm até circuito interno de TV. Ao todo foram compradas 34 novas composições, fabricadas na China.
 
 
 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Monotrilho igual aos da Disney ligará Niterói a Itaboraí

Governador anuncia início das obras da Linha 3 do metrô para 2012. Sistema sobre elevados utilizará composições mais modernas

Rio - Viajar de metrô com direito a vista panorâmica de todo o percurso. A novidade será um benefício exclusivo dos passageiros da Linha 3 do metrô (Niterói-São Gonçalo-Itaboraí), que após anos de atraso finalmente vai entrar nos trilhos. E no lugar dos tradicionais trens que operam nas Linhas 1 e 2, modernas composições como as instaladas nos parques da Disney, nos Estados Unidos, vão deslizar por viadutos


Monotrilho instalado em Miami (EUA). Serviço é utilizado principalmente por turistas | Foto: Divulgação

As estruturas serão construídas ao longo do trajeto de 22 quilômetros que vai ligar os municípios de Niterói e Itaboraí, passando por São Gonçalo. “Será um presente para os moradores dessa região”, destacou o governador Sérgio Cabral, que prometeu para o segundo semestre de 2011, o lançamento do novo edital de licitação e o início das obras para 2012.

A expectativa é de que tudo esteja pronto antes da Copa de 2014. “Optamos por este tipo de sistema por ser mais rápido e barato. Além disso, ele é capaz de transportar até 40 mil passageiros por hora, por sentido, que é exatamente a demanda de lá. É perfeito”, afirmou o governador.

Licitado em 2002, o projeto original da Linha 3 não pôde sair do papel por causa de irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Do modelo antigo, restou apenas o percurso que será mantido, e seguirá a linha férrea que já foi desativada na região.

ÁREAS REURBANIZADAS

Nas áreas que ficarão embaixo dos viadutos, obras de reurbanização serão realizadas pelo governo do estado. Apesar de ainda não ter definido o valor da tarifa, Cabral prometeu não repassar para os usuários as despesas com a implantação do novo sistema. “Se fizesse isso, o preço da passagem seria absurdo”.

Conhecido como ‘monorail’ (monotrilho), o novo sistema de metrô que será adotado na Linha 3 já faz sucesso em vários países. Nos parques da Disney, nos Estados Unidos, eles são usados para encurtar a distância que separa os visitantes das atrações.

350 mil passageiros beneficiados

De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, a construção da Linha 3 do metrô vai beneficiar 350 mil passageiros por dia. Além da comodidade, a redução no tempo de viagem é apontada como uma das principais vantagens para os usuários.

Nos horários de pico, por exemplo, o tempo de deslocamento no trecho Niterói-São Gonçalo, que é de 1h25, não deverá passar de 20 minutos.

A obra de construção da Linha 3 também proporcionará a criação de oito mil novos postos de empregos diretos e indiretos. Ao todo, deverão ser construídas 13 estações de embarque e desembarque. “Mas a responsabilidade pela operação do serviço só será definida através de licitação”, avisou o secretário Régis Fichtner, chefe da Casa Civil.

Ontem, o estado anunciou a compra de mais quatro novos trens chineses que, neste caso, serão entregues à SuperVia. Os outros 30 comprados anteriormente começam a ser entregues em maio.

Punição por demora na entrega de trens

Irritado com a demora na entrega dos 19 novos trens das linhas 1 e 2 do metrô, o governador Sérgio Cabral quer que a concessionária seja multada.

Em ofício encaminhado dia 20 à Agetransp (Agência Reguladora dos Serviços de Transportes do Estado), ele alega que o Metrô Rio descumpriu cláusula do contrato de renovação da concessão. “Lá está escrito que eles deveriam começar a entregar os novos trens a partir de agosto de 2010. Mas, até agora, não chegou nenhum. Essa é uma obrigação deles, por isso estamos pedindo a aplicação da multa”, justificou Cabral.

Em nota, a Agetransp informou que foi aberto um processo que será julgado nas próximas sessões regulatórias da agência.

Procurado por O DIA, o Metrô Rio disse que não vai comentar o assunto. Mas, em agosto, o presidente da concessionária, José Gustavo de Souza, disse que o primeiro dos novos trens só chegará em outubro de 2011.
Reportagem de Mahomed Saigg e Ricardo Rego

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Antigos bondes, agora chamados VLT


Agora sob a denominação moderna de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Os VLTs também são conhecidos por Streetcar ou Light Rail Vehicle (LRV), nos EUA e Canadá; Elétrico, em Portugal; e TRAM, abreviação de tramway ou de tranvía, em países da Europa. Na realidade, todos são bondes modernos, que, nos últimos 20 anos, podem ser encontrados na Europa, Estados Unidos e Canadá, em mais de 200 cidades. Na América Latina, existem VLTs apenas em Buenos Aires, Guadalajara e Cidade do México.

 Para esclarecer o leitor, o VLT é uma forma de transporte público sobre trilhos com capacidade de transporte e velocidade inferiores aos metrôs e trens urbanos, que, usualmente, utiliza tração elétrica e pode conviver na rua com os outros modos de transporte ou utilizar vias segregadas. Os VLTs atuam numa faixa de capacidade entre 10 mil e 25 mil passageiros / hora / sentido, ou seja, média capacidade de transporte. São veículos seguros, rápidos e confortáveis, integram-se, facilmente, com os sistemas de ônibus e metrô, não poluem o meio ambiente, quando elétricos, e possuem um ciclo de vida de mais de 30 anos.

TRANSPORTE PÚBLICO É QUALIDADE DE VIDA

Enviado por: Marcus Quintella

Entendo que qualidade de vida de uma população deve ser sustentada por cinco pilares: educação, saúde, saneamento básico, segurança pública e transporte de massa. Como não sou especialista nos quatro primeiros pontos, vou concentrar-me apenas no transporte de massa, mais especificamente o transporte metroferroviário, que, sem dúvida alguma, é indutor de desenvolvimento urbano sustentável, promotor da integração com os demais modos de transporte, causador de valorização imobiliária e gerador de empregos em diversos setores da economia, além de ser um importante vetor de reaquecimento da engenharia nacional e da indústria. Ao mesmo tempo, o transporte metroferroviário consegue reduzir expressivamente o número de acidentes e mortes no trânsito, economizar combustível, melhorar significativamente os índices de poluição sonora e atmosférica e proporcionar mais conforto e ganhos de tempo a seus usuários.

 No quesito tempo de viagem, por exemplo, nenhum outro modo de transporte pode levar tanto benefício para as populações da periferia, que moram a grandes distâncias dos locais de trabalho e chegam a ficar de 3 a 4 horas por dia dentro de um meio de transporte. O tempo é um valioso bem intangível e a economia de tempo que pode ser proporcionada pelo transporte metroferroviário é um benefício fundamental para as pessoas, que podem usar o tempo ganho com suas famílias, descansando, em atividades de lazer ou de qualquer outra forma. Os projetos de transporte não deveriam apenas quantificar monetariamente as reduções de tempo de viagem, mas demonstrar qualitativamente os seus benefícios e garantir que eles efetivamente ocorram. A qualidade de vida está diretamente relacionada ao tempo livre das pessoas. Pode-se dizer que não há vida para aqueles que não têm tempo.
Os investimentos para a construção e expansão de sistemas metroferroviários são, realmente, de grande monta, mas, em longo prazo, esses investimentos sempre produzem os magníficos benefícios citados anteriormente, que os tornam plenamente viáveis sob o ponto de vista sócio-econômico. Um sistema de transporte público de qualidade contribui com a redução da pobreza, pelo fato de ser o meio de acesso ao trabalho, hospitais, escolas, áreas públicas de lazer e serviços sociais essenciais ao bem-estar dos menos favorecidos.

Não consigo enxergar outra solução diferente do transporte metroferroviário para resolver os graves problemas de mobilidade urbana nas grandes metrópoles brasileiras, visto que as vias urbanas já estão saturadas e a construção de mais viadutos, mergulhões e linhas expressas somente criarão mais problemas para a população. Não tenho dúvida alguma que cidades servidas por sistemas de transporte baseado em trilhos urbanos, integrados e abrangentes, são mais felizes e oferecem maior qualidade de vidas para seus cidadãos.

Projeto de VLT vai interligar 4 municípios do Rio de Janeiro

Foto: VLT de Juazeiro do Norte, denominado de "Metrô do Cariri"
Na última quarta-feira, 15 de dezembro, os prefeitos de Macaé, Campos, Quissamã e Rio das Ostras se reuniram para acertar os detalhes do projeto de implantação de um veículo leve sobre trilhos (VLT), que interligará os municípios.
As obras fazem parte do Programa de Mobilidade Urbana, desenvolvido para melhorar o sistema de transportes nestas cidades, que sofrem com constantes engarrafamentos. O programa também inclui obras para a duplicação do trecho entre Macaé e Rio das Ostras, na RJ-106, e mais uma nova via entre os bairros Novos Cavaleiros e Imboassica, em Macaé.
Mas, apesar de já estar acordado, o projeto ainda precisa ser aprovado. A partir de agora, serão feitos estudos para garantir a viabilidade técnica das obras.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Túnel misto pode ser a nova ligação entre o Rio de Janeiro e Niterói

Projeto, que permite a construção da linha 3 do Metrô, serve a carros e ônibus e ligará o Parque do Flamengo ou Centro do Rio ao Gragoatá. Estado analisa outra opção viária

Quando o imperador D. Pedro II anunciou a intenção de uma ligação entre o Rio de Janeiro e Niterói em 1875 não podia imaginar que depois de 125 anos a discussão voltaria à tona. Depois de 35 anos da construção da Ponte Presidente Costa e Silva, a Rio-Niterói, outra via de ligação com a capital começa a ser discutida.
Na última terça-feira, em visita à Fundação Oscar Niemeyer, o governador Sérgio Cabral Filho, em uma conversa reservada, convocou o prefeito Jorge Roberto Silveira para um almoço com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), em janeiro, para discutir o projeto de construção de uma nova ligação entre as duas cidades, entre o monumento do Estácio de Sá, no Parque do Flamengo, e o Gragoatá. O Estado ainda analisa uma outra alternativa saindo do Centro do Rio, na Ponta do Calabouço.
O Governo planeja tirar do papel, no segundo mandato de Cabral à frente do estado, o projeto de ligação entre as cidades, resolvendo um dos maiores problemas viários da Região Metropolitana. O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, praticamente descartou a construção de uma nova ponte e defende uma ligação submarina mista (metro e carros) como uma alternativa viável para a solução do problema.
“Acho que a ligação prioritária tem que ser a ferroviária, com a Linha 3 do metrô, que é uma ligação de massa, mas não podemos descartar a hipótese de uma ligação rodoviária, que pode ser feita em conjunto”, afirma Julio Lopes.
Reunião sobre o tema já teria sido agendada
Na terça-feira, os dois principais homens do Governo Cabral, o vice-governador Luis Fernando de Souza, o Pezão, e o senador Regis Fichtner, que comandou a Casa Civil, confirmaram a reunião com os prefeitos para discutir o projeto. Apesar do mistério em torno da proposta, Julio Lopes acredita que o início da discussão pode ser um indício da intenção de executar o projeto, ou “os projetos”.
“Mesmo que não seja algo a ser realizado imediatamente, uma outra ligação entre as cidades do Rio e Niterói é absolutamente necessária de ser pensada. Porque a Ponte Rio-Niterói está visivelmente esgotada e nós precisamos aproximar cada vez mais as duas cidades. Acho que essa conversa, esse anúncio do Cabral, faz todo o sentido. Importante agora é ver em que prazo isso pode ser executado. Tenho certeza que com esse anúncio não faltarão modos de estar aprofundanda esta discussão e buscando viabilizar estes empreendimentos”, comenta o secretário.
Durante a inauguração da Fundação Oscar Niemeyer, o prefeito Jorge Roberto Silveira não confirmou como será feita a ligação. Questionado se seria uma nova ponte que sairia do Parque do Flamengo até o Gragoatá, o prefeito preferiu falar somente em uma nova ligação. “Não é bem uma ponte. Vamos falar de uma ligação entre Niterói e o Rio. Não tenho muitos detalhes do projeto. Vamos conversar em janeiro”, desconversou, dizendo ainda que o traçado do projeto é o mesmo proposto à D. Pedro II que previa uma ponte entre o Centro do Rio ao Gragoatá, mas se contradizendo ao afirmar que a ligação sairia do monumento de Estácio de Sá, no Aterro do Flamengo.
Conforme antecipou a Coluna Informe da última quarta-feira, em janeiro o governador Sérgio Cabral receberá os prefeitos Jorge Roberto e Eduardo Paes, em um almoço, para apresentação da proposta escolhida.
História – Em 1875, o engenheiro inglês Lindsay Bachnal propôs uma ligação entre a Ponta do Calabouço, no Centro do Rio; e o bairro do Gragoatá, em Niterói. Contudo, pouco tempo depois, desistiu do projeto por excesso de burocracia. A ligação voltou a ser defendida sem sucesso em 1932 e 1957. Somente na década de 70 o projeto foi à frente, mas de modo diferente, com a construção da Ponte Rio-Niterói.
Com o aumento do fluxo de veículos sobre a via, no final na década de 90, o Estado voltou a debater a questão, apontando como saída a construção de uma ligação submarina para desafogar os mais de 140 mil veículos que trafegam por dia entre as duas cidades.
No início dos anos 2000, o Estado anunciou a construção da Linha 3 do metrô, mas o processo ficou retido no Tribunal de Contas (TCE) por conta de irregularidades no projeto básico. Atualmente, com os investimentos no Complexo Petroquímico (Comperj), pelo menos parte desse projeto tem a promessa de sair papel, fazendo ligação entre Niterói e Itaboraí. n
Alternativas
Engenheiros especialistas em transportes estão divididos a respeito dos projetos estudados pelo governo estadual. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, defende a continuação da Linha 2 do Metrô, atravessando a Baía da Guanabara embaixo d’água até Niterói. Já Antônio Eulálio Barbosa, membro do Clube de Engenharia do Rio, sugere a construção de uma nova ponte só para veículos leves.
“A Região Metropolitana do Rio de Janeiro andou para trás em relação a transporte público de massa. Todas as nações desenvolvidas investem pesado em transporte de trens e metrô e o rodoviário tem até 35% de uso, servindo de complemento aos demais meios. Trens e metrôs atendem a três requisitos básicos de transporte de massa: rapidez, conforto e segurança. No mundo inteiro é assim. No Brasil, é onde mais se usa ônibus, que não é seguro, nem confortável nem rápido”, observa Guerreiro.
Para o presidente do Crea-RJ, uma linha de metrô ligando a Cruz Vermelha, no Rio, até Niterói, seria a melhor alternativa. “A linha começaria na altura da Cruz Vermelha, no Centro da capital, passando pelo Largo da Carioca, a Praça XV e a Baía da Guanabara, debaixo d’água, até Niterói, próximo à Estação das Barcas, no Centro”, acredita.
Já Antônio Eulálio defende a construção de uma nova ponte ligando o bairro de São Francisco, a Botafogo, ou na altura do Morro Cara de Cão, na Urca. “Por essa ponte passariam apenas veículos leves, como carros de passeio e micro-ônibus. Caminhões não, pois aí aconteceriam os mesmos problemas que hoje acometem a Ponte Rio-Niterói. Haveria ainda outra ponte, mais baixa, com 25 metros acima do nível do mar, ligando as rodovias Washington Luiz e a Dutra, para desafogar o trânsito. Seria importante também fazer uma nova linha de barca entre São Gonçalo e Rio. A ponte entre São Francisco e Botafogo desafogaria o trânsito e não prejudicaria o tráfego aéreo”, diz Eulálio, que é membro da Associação Brasileira de Pontes e Estradas e coordenou a construção da Linha Amarela, da Ponte Rio-Niterói e da Linha 2 do Metrô.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Prefeito de Niterói diz que fará "três anos em apenas um


Jorge Roberto Silveira tem planos ambiciosos para 2011. Entre os projetos está novo terminal de ônibus no Centro e possível nova ligação entre a cidade e o Rio de Janeiro
Por: Thaís Sousa 16/12/2010

Logo após a solenidade de inauguração do prédio da Fundação Oscar Niemeyer, no Centro de Niterói, o prefeito Jorge Roberto Silveira, se reuniu com a imprensa. Ele dispensou formalidades e concedeu uma entrevista coletiva em tom de bate-papo. Por cerca de 40 minutos, falou sobre o difícil ano de 2010 e antecipou o planejamento para os próximos dois anos de mandato.
Jorge Roberto anunciou planos ambiciosos para a cidade nos próximos anos, planos para o Caminho Niemeyer e a possibilidade de criação de uma nova ligação entre o Rio e Niterói, como foi antecipado na edição desta quarta-feira pela Coluna Informe. Durante a coletiva, ele também deixou de lado o otimismo e não poupou críticas à atual situação da Saúde na cidade. Em momento de autocrítica, admitiu não ter administrado bem a crise e revelou ter vivido um dos piores momentos de sua história política.
Parafraseando o ex-presidente Juscelino Kubitschek, Jorge Roberto Silveira reiterou a intenção de realizar “três anos de governo em um”. Entre os projetos, um dos mais ousados é a construção de um novo terminal rodoviário para compor o Caminho Niemeyer e a consequente demolição do Terminal João Goulart. Os motivos seriam o esgotamento do atual espaço e a incompatibilidade arquitetônica entre o prédio e as obras de Niemeyer. O projeto teria orçamento previsto em R$ 80 milhões e seria completamente custeado pela empresa interessada na operação do empreendimento.
“O prédio será construído próximo à estação hidroviária que está sendo projetada para substituir a Estação Arariboia das barcas e que deve ser construída pela concessionária Barcas S/A. A estação da Linha 3 do metrô também compõe o plano”, disse.
Jorge Roberto lembrou, ainda, os demais empreendimentos que estão sendo previstos para o complexo arquitetônico, como o Centro de Convenções, que terá investimento do Estado, e a construção da Torre Panorâmica, que será erguida com recursos do Estado e da União.
Sobre o Centro BR de Cinema, o prefeito informou que as obras da Prefeitura devem durar até março e o projeto ainda deve consumir cerca de R$ 2 milhões. Após esse período, será aberto o processo de licitação para definir a empresa que vai explorar comercialmente as salas de cinema. A contrapartida da vencedora será a equipar os espaços com recursos próprios. A finalização e início das operações devem acontecer entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012.
Rio-Niterói – Perguntado sobre a possibilidade de se criar uma nova ligação entre o Rio e Niterói, o prefeito se esquivou de dar mais detalhes, alegando não ter informações precisas. Mas ele já teria sido convidado pelo governador Sérgio Cabral a participar de uma reunião para tratar desse assunto. O encontro contará com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Saúde – De acordo com o prefeito, o principal projeto para a área da Saúde em Niterói é a devolução dos dois hospitais que hoje são administrados pelo município: o Hospital Orêncio de Freitas (HOF) e o Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho. A ideia é de que eles voltem a ser geridos pelos governos Federal e Estadual, respectivamente. Ambos custariam aos cofres públicos cerca de R$ 28 milhões anuais, um valor que a Prefeitura não teria como arcar.
Após a municipalização das unidades, ocorrida no início da década de 90, os funcionários continuaram a ser remunerados pelos antigos gestores. No entanto, em alguns anos, aposentadorias foram forçando o município a repor o quadro de funcionários por conta própria, o que onerou os cofres da cidade.
“Raríssimas prefeituras administram um hospital. Nós administramos dois. Essas unidades estão atendendo mal, assim como os postos de saúde. Nem o Programa Médico de Família funciona como antes. Queremos devolver os dois hospitais e focar nos postos. A população tem toda a razão de reclamar e acho que ainda reclama pouco”, enfatizou.
Chuvas – A questão da tragédia das chuvas também foi abordada pelo prefeito, que relembrou o momento de fragilidade pelo qual passou a cidade em 2010. Jorge Roberto, no entanto, aproveitou a oportunidade para reiterar a necessidade de recuperar a autoestima da população. Ele citou a criação da Geo-Nit e a emancipação da Defesa Civil de Niterói como as consequências das chuvas e assegurou que os órgãos vão fortalecer o executivo na prevenção a desastres como os de abril.
“Foi muito triste para mim. Duas chuvas me marcaram profundamente: a que causou a morte do meu pai e a de abril. Acho que não administrei bem a crise e me senti acuado, sem oportunidade de me explicar. Em toda a minha vida política, nunca vivi momentos tão duros. Mas acho que Niterói precisa virar a página e dar a volta por cima. É o que a população quer”, concluiu.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Transito em Santa Rosa


Ontem,  terça-feira, 14, as 19h30 no salão do Centro Pró-Melhoramento de Santa Rosa,(em cima da loja Fernando Milhão )  foi realizado um encontro para falar sobre transito nesse bairro, promovido pelo vereador Felipe Peixoto com a presença do Dr. Sergio Marcoline da NitTrans .
Pena que a população reclama, mas quando tem uma  oportunidade de colocar suas idéias e reclamações junto ao órgão competente , não comparecem a eventos como esse.
No salão deveriam ter umas 30 pessoas num bairro onde moram milhares de pessoas.
A reunião foi muito boa com idéias propositivas  e algumas reclamações , mas enfim o representante foi lá ouvir e dar suas explicações sobre o projeto que vai ser aplicado em Niterói no setor de transito.
Ele pediu um tempo e depois que colocar no papel  e estudar caso a caso vai dar a sua posição.
Obrigado ao vereador ( eleito deputado) pela oportunidade e que outros vereadores sigam o seu caminho no que toca a esses encontros nos diversos bairros de Niterói e ainda que a população compareça , pois a presença dela é primordial para que tenhamos força junto aos governantes.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Reunião no bairro de Santa Rosa para debater problemas no transito

O encontro a ser realizado nesta terça-feira, 14, as 19h30 no salão do Centro Pró-Melhoramento de Santa Rosa
O vereador Felipe Peixoto (PDT) realizará uma reunião para debater os problemas de trânsito na região de Santa Rosa e adjacências, na próxima terça-feira, 14 de dezembro, às 19h30.

O objetivo do encontro é abrir um canal de comunicação para que a população exponha os problemas do trânsito.

“Queremos estreitar nossa relação com a comunidade. Ouvir suas demandas é fundamental para que possamos fazer um trabalho que vá ao encontro das suas principais necessidades”, afirma Felipe.

O presidente da Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans), Sérgio Marcolini, e o capitão Paulo Ramos, da Polícia Militar, também foram convidados a participar da reunião.

“Com a união de forças do Poder Público e sociedade civil, esperamos criar soluções para garantir maior fluidez do trânsito e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida de nossa população”, acredita o vereador.

A reunião será realizada no salão do Centro Pró-Melhoramento de Santa Rosa, localizado na Rua Gal Pereira Silva, 336 – sobrado.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aparelho ajuda deficientes visuais a identificar ônibus em Jaú

Em Jaú, no interior de São Paulo, desde novembro, a frota de ônibus da cidade está equipada com um dispositivo que emite um aviso sonoro direcionado às pessoas com deficiência visual. A mensagem é ouvida em aparelhos.

“A cidade de Jaú hoje é pioneira nessa acessibilidade para o deficiente visual”, diz Osvaldo Franceschi Jr., prefeito de Jaú.

O ‘DPS 2000’ foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais. “Eu concretizei o ideal da minha vida, de dar condições ao portador de deficiência de pegar o seu ônibus, poder se locomover”, comemora Dácio Pedro Simões, autor do projeto.

“Você se sente verdadeiramente reconhecido como um cidadão”, aprova Lethicia Romaqueli, cega desde sete dias de vida.
(fonte: Fantastico )

Explicação:

O programa permite a deficientes visuais o acesso aos serviços de transporte público, mediante anúncio sonoro. A nova tecnologia foi apresentada ontem, no auditório do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), por representantes da empresa Geraes, de Belo Horizonte. O sistema foi  instalado por meio de parceria entre a Prefeitura e a Empresa Auto Ônibus Macacari.
O sistema é composto por um aparelho receptor, instalados nos ônibus, e um transmissor que fica com o usuário. O passageiro memoriza no aparelho o código da linha. Ao chegar ao ponto de ônibus, seleciona a linha desejada e o aparelho emite ondas de baixa frequência com raio de 100 metros, possibilitando ao motorista receber sinal luminoso e sonoro e parar. Ao estacionar no ponto, uma gravação automática informa o número da linha repetidas vezes, até que o usuário embarque.

O custo unitário do aparelho receptor é de R$ 650 e do transmissor R$ 250.

O diretor da Macacari, José Eduardo Macacari, entusiasmou-se com a nova tecnologia e diz que a parceria e a instalação do projeto em Jaú são viáveis “Achamos que dará resultados.” O empresário afirma que os receptores poderão ser instalados em 100% de sua frota, composta hoje por 61 veícuulos.

Quanto maior o número de aparelhos encomendados ao fabricante, menor fica o preço final de cada unidade. Estimativa inicial para a estação piloto de Jaú é de que cada receptor fique em R$ 400 e o transmissor caia para R$ 150. No projeto piloto seriam distribuídos 30 transmissores para pessoas com deficiência e idosos e os receptores instalados em pelo menos 50 ônibus circulares da Macacari.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Caio Martins pode abrigar barracões das escolas já no próximo Carnaval

Complexo esportivo está cotado para ceder espaço às agremiações carnavalescas de Niterói. Uesbcn e a subsecretaria da Região Metropolitana do Estado discutem o assunto

A diretoria executiva da União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói (Uesbcn) e a direção da subsecretaria da Região Metropolitana do Estado iniciaram entendimentos para tentar conseguir a cessão do Complexo Esportivo do Caio Martins, em Icaraí, para atividade de preparação das agremiações para o Carnaval de 2011.
Durante plenária entre a diretoria da Uesbcn e as 42 agremiações filiadas à entidade, o subsecretário estadual da Região Metropolitana, Alexandre Felipe, anunciou que irá intermediar um acordo para que o projeto possa se tornar realidade. O deputado federal eleito Sérgio Zveiter também participou da reunião.
Durante o encontro, Alexandre Felipe se comprometeu a fazer intermediações entre a Superintendência de Desportos do Estado do Rio (Suderj), responsável pela administração do complexo, para que haja uma reunião para se discutir o assunto.
No ano passado, a direção da união chegou a pleitear a cessão das dependências do local, mas o plano não chegou a ser colocado em prática. Com isso, os dirigentes das escolas optaram por conseguir locais próprios para a montagem de alegorias e fantasias.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Novo título para o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói

Prédio niteroiense ganha o mundo e está entre os mais inusitados do planeta. Obra do mestre Oscar Niemeyer apareceu em destaque num site mundial especializado em arquitetura

O Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, figura entre as 50 obras de arquitetura mais inusitadas do mundo, de acordo com o site especializado “Strange Building”. Considerada uma das mais belas obras do arquiteto Oscar Niemeyer, o museu virou referência até no exterior. O presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), José Haddad ficou lisonjeado com a inclusão do MAC na lista, que tem ainda outra obra do mestre Niemeyer: a Catedral de Brasília.
“Foi uma visão audaciosa ver que o MAC poderia trazer dividendos para a cidade. É com muita satisfação que vemos essa inlcusão.”
Na lista, o MAC aparece em 37º lugar e divide espaço com casas construídas de cabeça para baixo, outras feitas de pedra ou debaixo da grama, além de inusitados prédios em forma de trem ou biblioteca. As cinco primeiras da lista são: Earth House (Suíça), o Centro Nacional de Artes Cênicas de Pequim (China), Biblioteca Pública do Kansas (Estados Unidos), Casa de Pedra (Portugal) e Ideal Palace (França).
O Museu de Arte Contemporânea começou a ser construído em 1991, durante gestão anterior do prefeito Jorge Roberto da Silveira. A obra só foi concluída na administração do prefeito João Sampaio, em 2 de setembro de 1996.
Foram necessários cinco anos para erguer a estrutura de quatro pavimentos, com 300 operários se revezando em três turnos. Para tanto, foram retiradas 5.500 toneladas de material em escavações e consumidos 3,2 milhões de metros cúbicos de concreto, quantidade suficiente para levantar um prédio de 10 pavimentos.

Por: Renato Onofre 16/11/2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Londres tem serviço motorizado que aspira fezes de cachorro


20/11/2009

Sem deixar vestígios e de maneira rápida e eficiente, a moto vai recolhendo as fezes dos bichinhos. O equipamento tem capacidade para recolher até 25 litros

Os londrinos encontraram uma solução prática para enfrentar a sujeira deixada por cães e por seus donos que não ligam para as fezes espalhadas pelas ruas.
departamento de limpeza de Islington, bairro chic na zona norte da cidade, criou um serviço motorizado que aspira fezes de cachorro.
Para fazer esse trabalho, o “moto-cocô-boy”, como vem sendo chamado informalmente pelos moradores, usa uma Honda de 125 cilindradas, que dispõe de uma máquina adaptada para sugar as fezes de animais.

O veículo passa pelo local e retira as fezes em segundos, jogando em seguida um jato de água com desinfetante, para eliminar marcas e aromas desagradáveis. A máquina pode armazenar até 25 litros de fezes.

Os moradores do bairro aprovaram a ideia. Agora, o departamento de limpeza vai intensificar a propaganda contra pessoas que não retiram as fezes de seus animais das ruas e estuda até uma maneira de multá-los no ato. 
Ps:  Niterói deveria ter um serviço como esse, e ainda uma fiscalização atuante que  multasse realmente os donos de cães que levam seus animais para usar a rua como sanitário,  e nem se dão conta em retirar depois a sujeira , assim como multar os que a lei determina que é necessário usar mordaça para passear em vias públicas e não usam.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

VLT chega ao Brasil pelo Cariri - (Globo News)

por Marina Saraiva 
O programa de hoje, o segundo da série especial sobre ferrovias, apresenta os veículos leves sobre trilhos (VLTs), que estão ganhando o mundo como uma solução inteligente e de menor impacto ambiental. Joana Calmon mostra como os VLTs livraram Paris e outras 20 cidades francesas do caos no trânsito. E, aqui no Brasil, o repórter Paulo Henrique Rodrigues embarcou no Metrô do Cariri, o primeiro VLT do país, que liga as cidades de Crato e Juazeiro do Norte, no Ceará. Aqui ele conta como foi


Há um ano, o VLT do Cariri é uma solução de transporte público ainda subutilizado.
Dezembro é o mês que marca o primeiro ano do metrô do Cariri, como é chamado o veículo leve sobre trilhos que circula por quase 14 quilômetros entre as cidades de Juazeiro do Norte e Crato, na região sul do Ceará, chamada de Cariri por causa da tribo que escolheu este vale fértil em pleno sertão para fazer morada.
É um presente antecipado de aniversário o espaço que o programa “Cidades e Soluções” abriu para mostrar este símbolo de modernidade numa terra em contradição ambiental. O VLT – transporte ambientalmente mais correto que o ônibus e a van – passa à porta de milhares de famílias que ainda não têm saneamento básico.


Aqui, a taxa chinesa de crescimento do Nordeste não se reflete em investimentos na economia verde. Pelo contrário, só para ficar num único exemplo, a construção civil impulsiona uma especulação imobiliária que avança sobre a Chapada do Araripe, a encosta de remanescente de floresta responsável pela recarga do aquífero que dá a este pedaço dos trópicos o apelido de oásis do sertão.
O VLT do Cariri é, talvez, o único avanço da economia verde. A iniciativa é um exemplo de upcycling gigante, reutilizou a ferrovia que já existia. Foi a locomotiva de uma solução para outras cidades (Sobral, também no Ceará, Maceió, Recife, Macaé, no Rio), que também pensam em adotar a mesma alternativa de transporte público, quando essa primeira experiência completa um ano.
Como repórter da TV Verdes Mares Cariri, afiliada da Rede Globo na terra do Padre Cícero, acompanho o cotidiano do VLT desde a sua inauguração.
Ele foi notícia quando os aparelhos de ar-condicionado pifaram pela primeira vez, quando um dos dois veículos se chocou com um carro, quando os primeiros passageiros embarcaram. Continuou sendo notícia quando deixou de apresentar problemas próprios da adaptação, entrou nos trilhos de vez e virou um altertiva para os caririenses. Em um ano, o metrô do Cariri é um sucesso ainda subutilizado, transporta menos da metade do que pode.


O VLT ainda é visto mais como cartão postal ambulante e menos como uma alternativa segura e barata (a passagem custa R$ 1 ante R$ 1,30 da van e do ônibus) de transporte público. Em Juazeiro do Norte, cidade mais populosa, com quase 250 mil habitantes, as estações ficam longe demais do centro. A companhia que gere o VLT do Cariri promete uma integração com ônibus que vai aumentar a quantidade de passageiros.
Como jornalista, a gente tem cobrado essa solução, prevista para este mês de novembro. Mesmo transportando menos do que pode, o VLT já é uma alternativa para estudantes e trabalhadores. Crato e Juazeiro do Norte (que já formaram o mesmo município até 1911, quando este se emancipou daquele) tem como destino a união, desta vez via urbanização. O VLT, ou melhor, o metrô do Cariri só reforça esse laço, que foi atado pelo Padre Cícero, “filho” do Crato e “pai” de Juazeiro, como gostava de dizer.


Obs: A França com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) livrou pelo menos 20 cidades do colapso no trânsito. O VLT tem 44 metros e capacidade para mais de 300 pessoas, três vezes mais do que comporta um ônibus. Conheça as vantagens desse sistema, que foi implantado de forma pioneira no Brasil ligando duas cidades do Ceará, no sertão do Cariri.
Por Paulo Henrique Rodrigues, repórter da TV Verdes Mares Cariri, CE.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Liberação de alvará para construção apenas para prédios com captação de agua da chuva - Projeto 13

Sistema de construção de edifícios com captação de agua da chuva 

Vantagens de captação de água da chuva: 

A captação de água da chuva é uma prática muito difundida em países como a Austrália e a Alemanha, onde novos sistemas vêm sendo desenvolvidos, permitindo a captação de água de boa qualidade de maneira simples e bastante efetiva em termos de custo-benefício. A utilização de água de chuva traz várias vantagens:
Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da mesma,
Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pisos, etc;
Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos telhados, e o retorno do investimento ocorre a partir de 2 anos e meio;
Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso natural escasso em toda a cidade, e disponível em abundância no nosso telhado;
Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios;
Encoraja a conservação de água, a auto-suficiência e uma postura ativa perante os problemas ambientais da cidade.




Em 2002, muito antes de as medidas de economia de água se tornarem lei em Curitiba, o condomínio residencial Quintas do Cabral instalou um sistema de coleta e reaproveitamento da água da chuva usando uma das lajes da garagem do condomínio. O investimento foi de R$ 3 mil na época – cerca de R$ 25 para cada morador das 118 unidades do residencial. De lá para cá, de acordo com o síndico do edifício, Tarcísio Damásio da Silveira (foto 1), a economia gerada todos os meses nas contas do condomínio é de 3% em relação aos gastos anteriores à mudança. A água captada é suficiente para encher uma cisterna de 9 mil litros e é usada para a limpeza das áreas comuns do condomínio .

PS: Aqui onde basta dar uma chuvinha que enche tudo, essa medida ajudaria em muito 
 conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios diminuindo um pouco esse problema.



domingo, 7 de novembro de 2010

Monitoramento por satélite construções irregulares - Projeto 12


Na minha opinião poderia ser feito um programa de monitoramente de crescimento de comunidades (favelas) por satélite com algum órgão Federal. Dessa forma, através de dados , mapas e imagens saberamos com exatidão se está sendo construído algum novo barraco em Niterói e com isso poder coibir a construção irregular. O que já deixaram construir (governo) não tem jeito, mas podemos muito bem evitar esse aumento de crescimento.
Com o passar do tempo teremos que substituir essas moradias em favela por prédios de 05 andares como já comentado em projeto  anterior (projeto 04).
Isso precisa ser tratado com seriedade por parte das autoridades e sem politicagem , sacanagem e ganhos eleitorais. Basta , Niterói não merece isso .

Em uma década, número de áreas com ocupação irregular cresceu 302%, mas pouca coisa foi feita pelo Executivo para combater o problema. Jogo de empurra entre secretarias agrava situação, diz MP (O Fluminense)

Por: Renato Onofre 07/11/2010
A falta de investimentos concretos da Prefeitura para conter a ocupação irregular em Niterói nos últimos 10 anos fez com que o número de favelas crescesse 302% nesse período. Apesar do crescimento descontrolado, o Executivo planeja investir apenas R$ 2,5 milhões em ações para conter a favelização. Só no Ministério Público, a omissão do poder público gerou cerca de 100 inquéritos, todos encaminhados por moradores que cansaram de esperar uma solução do município. Na última década, em média, surgiram na cidade cerca de oito novas favelas por ano. Apesar dos altos índices de ocupações irregulares e das reclamações de moradores, quase nada estaria sendo feito pelo Executivo para combater este tipo de ação.
Somente na 2ª Promotoria de Tutela Coletiva, Meio Ambiente e Urbanismo de Niterói existem quase cem processos de ocupação irregular na cidade. Em nenhum dos casos, o Executivo demoliu os imóveis em situação irregular.
 “A Prefeitura não agiliza o processo e quando vai tomar uma medida inicial para conter a expansão do crescimento desordenado, já há muitas famílias morando no local – o que dificulta bastante a condução do processo”, afirma o promotor Luciano Mattos, titular do núcleo em Niterói.
O promotor afirma que as respostas da Prefeitura seguem um padrão que atrasa a apuração das irregularidades.
“Ao notificar uma secretaria ela sempre joga o processo para outra pasta. É um jogo de empurra-empurra que agrava o problema”, conclui.
Niteroienses dizem que já não sabem a quem recorrer. É o que acontece com uma moradora do Ingá que, por motivos de segurança, pediu para não ser identificada. Desde o início de 2007, ela cobra do município uma ação para combater o início de uma ocupação irregular no Morro do Caniço, na altura da Rua Fagundes Varella. Logo que começaram a movimentação para a construção de uma casa na encosta, ela cobrou ação do município. Apesar da insistência a casa foi construída e, até agora, não houve nenhuma resposta concreta da autoridade municipal.
“Já reclamei na Ouvidoria do Município, nas secretarias de Meio Ambiente e de Urbanismo e com vereadores. Nenhuma providência foi tomada. Tive que recorrer ao Ministério Público em busca de uma solução”, conta a moradora, que teme por seu patrimônio.
Ela afirma que em 1978 comprou um apartamento na Rua São Sebastião, de frente para uma área verde. Anos depois, o local já fazia parte da comunidade do Morro do Estado.
“Eu perdi muito dinheiro com o descaso da Prefeitura. Quando me mudei para lá  não tinha ocupação da área. Na época, a Prefeitura não fez quase nada. E deu no que deu: a favela tomou conta da paisagem. Hoje vejo a história se repetir”, lamenta.
A expansão de favelas em Niterói surpreende. De acordo com informações divulgadas pela Prefeitura, entre 2004 e 2008, a cidade ganhou 30 novas comunidades, totalizando hoje 130, em todo o município. A situação, no entanto, vem se agravando ao longo dos últimos oito anos. O número de favelas praticamente triplicou a partir de 2000, quando o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrava apenas 43 favelas. Atualmente, 20% da população — ou seja: 95 mil dos 478 mil habitantes da cidade — vivem em locais dominados pela pobreza. A expectativa é que, na divulgação dos resultados do Censo 2010, esse número aumente.
Segundo a arquiteta Regina Bienenstein, coordenadora do Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (Nephu) da Universidade Federal Fluminense (UFF), falta planejamento do Executivo.
“Nossa pesquisa investigou o crescimento do número de moradias em assentamentos e as ações do poder público (estadual e municipal) entre 2000 e 2008. Identificamos um número reduzido de ações, iniciadas mas não concluídas, de urbanização e processos de regularização fundiária”, afirma Bienenstein.
Segundo estudos do Nephu, das 13 comunidades que mais cresceram em Niterói nos últimos anos, sete estão concentradas em Piratininga, Itaipu, Cafubá e Engenho do Mato. Percentualmente, a comunidade do Morro do Jacaré, em Itaipu, foi a que mais se expandiu no período com o surgimento de 55 novos imóveis, representando um crescimento de 14,1%. Mas o bairro mais afetado foi Piratininga, onde a Favela do Tibau aumentou 14,2% e (57 novos imóveis). Seguida por Palmeiras (9,8%), das comunidades da Beira da Lagoa (4,52%) e do Iate Clube de Piratininga (1,2%).
Em 2009, O FLUMINENSE noticiou a que a expansão desregrada na Região Oceânica ameaçava a Reserva Ecológica Municipal Darcy Ribeiro. Moradores denunciaram que a comunidade do Rato Molhado, em Itaipu, cresceu 300% nos últimos cinco anos, número muito superior à média de crescimento do bairro, que é de 10,39% ao ano. Na época, o Executivo chegou a prometer a implantação de um eco-pomar na área – o que não aconteceu.
“O caso do Rato Molhado é o mesmo que ocorre em toda a cidade. Desde 2006, cobro atuação em mais de 100 ocupações irregulares nos morros de Niterói. A Prefeitura até hoje não tem uma política estratégica de contenção do crescimento urbano. Falta fiscalização e controle”, declara o promotor de Justiça, Tutela Coletiva e Meio Ambiente, Luciano Mattos.
Para a pesquisadora da UFF, a melhor forma de combate é o investimento em habitação.
“É necessário ter claro que, enquanto não forem produzidas moradias de qualidade, com valor adequado e em quantidade suficiente para atender a demanda das famílias de baixa renda, a população urbana pobre continuará a ter como única alternativa a ocupação de terras relegadas, naquele momento, pelo setor imobiliário. Em geral, são regiões desfavoráveis à ocupação urbana”, ressalta Bienenstein.
Em nota, a Prefeitura admitiu que não houve uma política habitacional na cidade e informou que está se estruturando para enfrentar o problema. O Executivo diz, ainda, que já “há projetos concretos” e que o avanço do Programa “Minha Casa, Minha Vida na cidade diminuirá a informalidade”. A autoridade municipal não cita, no entanto, nenhuma ação imediata que esteja sendo programada para conter as ocupações irregulares no município.

A comunidade do Peixe Galo, em Jurujuba, é um dos exemplos de ocupação irregular desenfreada na cidade. Mas o bairro mais afetado tem sido Piratininga, na Região Oceânica. Foto: André Redlich
O FLUMINENSE

Equipamento para detectar tiros - Projeto 11

Com a implantação das Unidades Pacificadoras na cidade do Rio de Janeiro, a bandidagem está migrando para cidades como Niterói, principalmente, pois tem um efetivo de soldados no Batalhão insuficientes para não só tomar conta de nossa cidade como de outros municìpios e mesmo com a maior boa vontade por parte do comando do Batalhão, é humanamente impossivel atender a toda a população. Mediante isso locais como até pouco tempo eram intocaveis como Pé Pequeno a já tão sofrida Jardim Icaraí e agora mais recentemente a população da Rua Vereador Duque Estrada e adjacencias estão sendo tomadas de assalto, sem falar no Boa Viagem e Icaraí (casos antigos).
Monitorado por câmeras, o equipamento ameiricano identifica disparos e comunica a ocorrência a um sistema central de monitoramento. Os 17 sensores já instalados em Canoas  localizados em prédios e postes e são de difícil identificação, para evitar vandalismo. Nos testes realizados pela PF o equipamento detectou disparos num raio de até três quilômetros.
O projeto de instalação em Canoas (RS) , custou R$ 2 milhões, com recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
Poque não fazer projeto igual em Niterói ?