Niterói

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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Hospital Oceânico, novo e fechado, se deteriora em Piratininga


Estado estuda desapropriação de unidade particular, que está à venda na internet por R$ 42 milhões, para torná-la pública
FRANCISCO EDSON ALVES
Rio - O governo do estado estuda a possibilidade de desapropriação de um hospital particular, construído e equipado há três anos, mas que nunca funcionou, para torná-lo público, em Piratininga, Niterói. A Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) aprovou a indicação dos deputados estaduais Felipe Peixoto (PDT) e Paulo Ramos (Psol), que solicitaram ao governador Luiz Fernando Pezão a declaração de utilidade pública para fins de desapropriação do imóvel de número 388 da Avenida Raul de Oliveira Rodrigues, avaliado em R$ 42 milhões, e de outras três edificações no entorno do endereço. 


Lateral do Hospital Oceânico. Unidade, que tem 100 leitos, está fechada há três anos
Foto:  Luiz Barros / Divulgação

Enquanto isso, de forma inusitada, a venda do hospital chama a atenção nos principais sites de compra e venda de imóveis na internet, onde até um vídeo em inglês faz propaganda da unidade. Batizado de Hospital Oceânico, o imóvel tem cinco andares e quase 4,5 mil metros quadrados de área construída. Segundo Ricardo Esteves, um dos corretores que anunciam a venda online do empreendimento, o único dos três sócios que entendia do ramo de saúde morreu, e, então, os demais parceiros e a viúva decidiram colocá-lo à venda. “Há também uma negociação com uma empresa de seguro-saúde”, comentou. 
“É inadmissível ver o abandono de um hospital com uma megaestrutura de salas de Raio-X e cerca de 100 leitos, enquanto a população está totalmente carente de atendimento médico. A região tem 100 mil moradores fixos e registra um crescimento anual de 12%, com um aumento considerável no verão e férias escolares, por conta de suas belas praias”, diz Peixoto, explicando que para entrar em funcionamento só faltam um setor de emergência e um ambulatório.


Equipamentos correm risco de deteriorização
Foto:  Luiz Barros / Divulgação

Paulo Ramos, por sua vez, disse que espera uma “boa notícia” do governo do estado em breve. “Niterói é muito carente de hospitais, especialmente na Região Oceânica. Casos emergenciais têm que ser encaminhados ao já superlotado Hospital Estadual Azevedo Lima, localizado a mais de dez quilômetros. Ou seja, muitas vezes a distância e o tempo de deslocamento podem ser fatais para pacientes”, justifica.
Estrutura de saúde é precária 
Os moradores de Piratininga também estão esperançosos em ganhar um hospital público. “Dá pena ver uma estrutura dessas fechada, enquanto tanta gente precisa de socorro médico na região”, afirmou o auxiliar de escritório João Batista de Silva, de 45 anos, que mora em Piratininga há mais de 20 anos com a família.
“A área de saúde sempre foi precária por aqui. Sofremos muito quando precisamos de emergência. Nossa esperança é este hospital. Tomara que haja bom senso e acordo entre os empresários e o governo”, disse a professora Camila Ferreira, 35.

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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Pontapé inicial para a TransOceânica

Ministros do Planejamento e das Cidades participam hoje da assinatura da ordem de início para obras com investimento de R$ 310 milhões ao longo de seus 9,3 quilômetros

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e das Cidades, Gilberto Occhi, assinam hoje a ordem de início das obras da TransOceânica, corredor expresso que vai ligar o Engenho do Mato, na Região Oceânica, a Charitas. Maior intervenção viária da história da cidade, e aguardada há 40 anos, a TransOceânica representa um investimento de R$ 310 milhões ao longo de seus 9,3 quilômetros de extensão e transportará cerca de 80 mil pessoas por dia. A via expressa contará com ônibus no sistema BHLS (Bus of High Level of Service), uma evolução do sistema BRT (Bus Rapid Transit), equipados com ar-condicionado e com portas de ambos os lados. Pelo sistema, os passageiros poderão embarcar nos veículos em seus próprios bairros. Em seguida, os ônibus entrarão na faixa exclusiva do BHLS.
A TransOceânica vai atender diretamente a 11 bairros da Região Oceânica de Niterói e contará com 13 estações, com dois pontos reguladores, um no Engenho do Mato e outro em Charitas, um túnel de 1,3 quilômetro de extensão ligando os bairros de Cafubá e Charitas, sem cobrança de pedágio, além de ciclovias. 
No projeto da TransOceânica está prevista, ainda, a integração da via com a estação hidroviária de Charitas, que será transformada em um terminal intermodal. O corredor expresso reduzirá o tempo de deslocamento de quem sai da Região Oceânica para o centro do Rio de cerca de duas horas para 30 minutos. O prazo de execução é de 24 meses. 
A via expressa contará com ônibus no sistema BHLS (Bus of High Level of Service), uma evolução do sistema BRT .Foto: Divulgação
BHLS(aprimoramento do BRT)- Foto Divulgação
http://www.ofluminense.com.br/editorias/esportes/pontape-inicial-para-transoceanica