Niterói

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terça-feira, 12 de março de 2013

Cine Icaraí, desativado desde 2005, já tem um projeto vencedor

Universidade Federal Fluminense divulga proposta que servirá de base para a contratação do projeto que irá renovar arquitetonicamente o edifício, que é tombado


A Universidade Federal Fluminense (UFF) divulgou ontem o projeto vencedor do concurso de ideias para recuperação e revitalização arquitetônica do prédio do Cinema Icaraí. A proposta vencedora servirá de base para contratação do projeto arquitetônico do edifício. O prédio é tombado pela Prefeitura de Niterói e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e uma das poucas construções no estilo art-déco na cidade. O local parou de funcionar em 2005 e passou para administração da UFF no ano passado.
O reitor da Universidade, Roberto Salles, não quis adiantar um prazo para conclusão das obras. De acordo com ele, o próximo passo é buscar aporte financeiro para iniciar a revitalização. Ele adianta que já foi feito um plano de negócios, que será apresentado aos ministérios da Educação e da Cultura, à Petrobras, e a outras empresas.
“Iremos apresentar o projeto nos termos dos recursos para podermos licitar a obra. Posso garantir que, seguindo a Lei de Licitações, vamos levar no mínimo seis meses antes de iniciar a obra”, afirma.
Salles calcula que as obras devam custar pelo menos R$ 45 milhões. O grupo vencedor é composto por estudantes da UFF e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A ideia vencedora foi elaborada pelos estudantes Bruno Amadei Machado, David Baptista Lima de Mendonça, Lívia Borges Romariz, Natália Asfora Moutinho e Raissa Macedo Gerheim. O quinteto diz que uma das prioridades foi elaborar um projeto que pudesse “se bancar”.
“O edital do concurso previa o caráter autofinanciável do edifício. Para tanto, o edifício conta com espaço empresarial, restaurante, pequena livraria e cafeteria. Idealizamos também um pátio na cobertura para abrigar atividades temporárias que possam contribuir para o funcionamento do espaço”, afirmou o grupo de estudantes.
Um pátio na cobertura vai abrigar atividades temporárias.
Foto: Divulgação
O quinteto trabalhou sob orientação da professora Rosina Trevisan Martins Ribeiro, com a coorientação de Andrés Martín Pássaro e a consultoria de Maria Lygia Alves de Niemeyer e Patrizia Di Trapano. De acordo os estudantes, o edifício contará com quatro pavimentos abertos ao público e pequeno subsolo técnico. A sala de cinema poderá receber também concertos e conferências, bem como apresentações de dança. 
“Optamos por reafirmar a centralidade da sala de cinema no conjunto ao propor distintas atividades neste mesmo espaço. No último pavimento, há uma sala para o corpo de ballet, que contará com área para pequenas apresentações, que podem ser expandidas para o pátio externo, grande área central ao ar livre”, explicou.
As maiores alterações, explica o quinteto, foram feitas nos pavimentos superiores, que inicialmente abrigariam habitações. No térreo e na sala de cinema, as intervenções foram menores, com o objetivo de receber as novas instalações técnicas de palco, backstage, plateia, e acessibilidade.
“Buscamos preservar a ambiência da sala de cinema, em nível de revestimentos e geometria da plateia e do palco. A fachada não sofreu qualquer alteração”, concluiu o quinteto.
 Por: Bruno UchoâO FLUMINENSE

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