Cidade se destacou em emprego e renda, e assumiu a 61ª posição em todo o Brasil. Além disso, foram analisados os indicativos de Educação e Saúde, outro destaque de Niterói
Perto de completar 438 anos, Niterói ganhou de presente a confirmação de ser uma das cidades com melhor qualidade de vida. O município está na primeira colocação do mais recente Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) no Estado do Rio de Janeiro. A cidade se destacou em emprego e renda, assumindo a 61ª posição no Brasil. Além disso, foram analisados os indicativos de Educação e Saúde, sendo o último maior índice alcançado pelo município. Os dados para a pesquisa foram coletados em 2009.
No Brasil, com o somatório dos três índices, Niterói saiu da 90ª posição, em 2007, passando para a 75ª. Com um índice superior a 0,8 (a variação ocorre entre 0 e 1) nos três quesitos avaliados, a cidade foi uma das únicas fluminenses, além da capital, a apresentar um alto desenvolvimento.
Segundo o estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o índice que teve maior queda, em todos os municípios, foi o de Emprego e Renda. Em Niterói, a queda foi de 8,9% em relação a 2008. Um dos quesitos avaliados para formar o índice foi a geração de empregos formais, que apresentou uma diferença de 58%. Em 2008, foram gerados 9.253 empregos, enquanto em 2009 apenas 3.866. Ao todo, a cidade registrou 174.681 trabalhadores formais, em 2009, que receberam uma remuneração média de R$ 1.659,62, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
“Em 2009, impactado pelos efeitos negativos da crise econômica mundial, o IFDM Emprego&Renda de Niterói recuou, passando de 0,92 para 0,84. Ainda assim, o indicador manteve o alto grau de desenvolvimento e apresentou o 5º melhor resultado para essa vertente entre os municípios fluminenses. O bom desempenho da cidade decorre não apenas de um mercado de trabalho bastante dinâmico e formalizado, como também da força de setores intensivos em mão de obra qualificada no município, como a Indústria Naval”, explica o gerente de Estudo Econômicos do Sistema Firjan Guilherme Mercês.
Na Educação, Niterói se destacou por alcançar, pela primeira vez, o nível de alto desenvolvimento, ultrapassando a faixa de 0,8, em 2009. Segundo Mercês, os quesitos que colaboraram para a conquista foram a taxa de matrícula na Educação Infantil, que foi de 47,56% da população com até cinco anos e o percentual de docentes do ensino fundamental com diploma superior, que foi de 78,1%.
“O IFDM Educação de Niterói avançou 2,6% e atingiu 0,80. O crescimento na vertente Educação foi direcionado principalmente pela maior taxa de atendimento da Educação Infantil e pela maior proporção de professores do Ensino Fundamental com formação superior. Por outro lado, o ponto fraco do município nessa vertente é sua nota no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), inferior à média brasileira”, pontua o pesquisador.
Na Saúde, o maior índice atingido pela cidade (0,89), o aumento do número de consultas pré-natal foi um dos motivos para o bom desempenho. Em 2009, a cidade registrou que 80% dos bebês nascidos vivos passaram por mais de seis consultas pré-natal. Associado a isto, o município também apresentou baixas taxas de óbito mal definidos, 6,66% do total, e óbitos infantis por causas evitáveis, 0,1 por cada 10 nascidos.
“O IFDM Saúde de Niterói ficou praticamente estável em 2009, mantendo o alto grau de desenvolvimento do município nessa vertente (0,8904). Niterói figura na 17ª posição entre os 92 municípios fluminenses no ranking do IFDM Saúde. O destaque é para o percentual de mais de seis consultas pré-natal por nascido vivo, bastante superior à média nacional”, afirma Guilherme Mercês.
Para o prefeito Jorge Roberto Silveira, a cidade avança em qualidade de vida.
“Acho que Niterói desenvolveu nos últimos 20 anos quesitos importantes que permitem que no futuro seja uma das melhores cidades para se morar”, disse Silveira.
Itaboraí se destaca no Leste Fluminense
Dentre as outras principais cidades do Leste Fluminense, Itaboraí foi a mais bem posicionada, ficando com a 17ª posição no ranking do Estado, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), em 2009. Depois aparece São Gonçalo, em 25º lugar, e Maricá, em 46º. As três cidades ficaram no nível de desenvolvimento moderado, onde o IFDM varia de 0,6 a 0,8.
Itaboraí atingiu o IFDM de 0,75. O destaque da cidade ficou por conta do quesito Emprego e Renda, onde o índice ficou no nível de alto desenvolvimento (0,83). Seguido de saúde (0,77) e educação (0,66).
São Gonçalo apresentou melhor desempenho na área de Saúde, onde o índice (0,85) ficou no nível de alto desenvolvimento. Em seguida ficou emprego e renda, com 0,70, e educação, 0,67. No resultado total, a cidade apresentou o IFDM de 0,74.
Já Maricá apresentou o menor IFDM das principais cidades da região, de 0,69. Mas, no quesito Saúde, a cidade atingiu o alto desenvolvimento com índice de 0,82. A Educação também ficou bem posicionada, com 0,74, ultrapassando São Gonçalo e Itaboraí. Emprego e Renda registrou 0,52 no índice.
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